quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quatro anos do massacre de Felisburgo


Nesta quinta-feira, dia 20 de novembro, quando completa quatro anos do Massacre de Felisburgo, será realizada entrevista coletiva na Assembléia Legislativa de Minas Gerais para denunciar que ainda não foi feita a justiça no que se refere ao caso.

A entrevista será às 15h, na Sala de Imprensa da Assembléia e terá a participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), o coordenador do MST, Vanderlei Martini, o procurador da área de Conflitos Agrários, Afonso Henrique de Miranda Teixeira e a trabalhadora rural Maria Gomes, sobrevivente do massacre.

Eles vão cobrar a prisão imediata e o julgamento dos culpados, a desapropriação da Fazenda Nova Alegria, onde ocorreu a tragédia e a imediata indenização de todas as famílias que perderam parentes e pertences.

O Massacre de Felisburgo ocorreu em 20 de novembro de 2004, quando o acampamento ocupado por cerca de 230 famílias sem-terra, em maio de 2002. Em 2004, o acampamento foi invadido por jagunços encapuzados e armados que assassinaram cinco trabalhadores rurais e feriram mais de 20 pessoas.

Acusado de comandar pessoalmente o ataque, o latifundiário Adriano Chafik foi preso, por duas vezes, mas nas duas ocasiões, o Superior Tribunal de Justiça reformou a decisão da justiça estadual, determinando sua soltura.

Passados quatro anos, o fazendeiro ainda aguarda, em liberdade, o julgamento no Tribunal do Júri de Belo Horizonte, sendo que seus advogados têm lançado mão de todos os recursos possíveis de protelação. Da mesma forma, nenhum dos jagunços que participaram do massacre está preso ou foi julgado. Também não houve qualquer indenização às famílias das vítimas e o processo de desapropriação da Fazenda Nova Alegria está parado.

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