sábado, 20 de dezembro de 2008

Manifestação "O petróleo tem que ser nosso" é violentamente reprimida no Rio de Janeiro








A mobilização organizada pelo Fórum Nacional Contra a Privatização do Petróleo e Gás Brasileiros para esta última quinta-feira, dia 18, foiviolentamente reprimida pela Polícia Militar e Guarda Municipal carioca. O ato contava com cerca de 500 pessoas e se concentrava na frente da Igreja da Candelária, lugar tradicional de concentração de muitas lutas no Rio de Janeiro. Enquanto isso, num hotel da Barra da Tijuca, bairro carioca marcado pelo consumo e pela americanização dos espeços públicos (lá existe uma réplica da estátua da liberdade), ocorria a 10ª Rodada de Leilões da ANP, que tinha como inscritos cerca de 20 empresas estrangeiras, na ânsia de sugar nossos recursos naturais.
Na Candelária, que fica em frente ao prédio da Agência Nacional do Petróleo, a comissão política do ato encaminhou que haveria um ato simbólico de repúdio à privatização de nossos recursos naturais. Entendendo a ANP como entidade responsável pelas rodadas de leilões, os manifestantes atiram tinta guache na calçada da ANP. O ato foi prontamente reprimido pela polícia que estava ali, com spray de pimenta (o que era de se esperar).
Logo após esse ato simbólico e pacífico, o manifestantes se dirigiram rapidamente à Av. Rio Branco, ocupando metade da pista. Ao iniciar a caminahda, a polícia iniciou, inexplicavelmente, a repressão sobre o movimento. Por cerca de 300 metros, a Guarda minicipal e a PM perseguiram (correndo), pela avenida os militantes do movimento. A polícia corria, pegava o militante e espancava. E continuava a perseguiur o movimento que já se encontrava disperso. Havia mulheres, crinças, petroleiros aposentados, idosos, estudantes e diversos militantes de vários movimentos. O objetivo era denunciar o roubo de nossas riquezas.
Ao final, 50 pessoas estavam feridas, 3 foram presas e um sindicalista do SINDPETRO sofreu um corte profundo na cabeça, provocado por um golpe de cacetete e foi levado rapidamente ao hospital.
Estranhamente, esse foi um dos atos mais reprimidos do qual participei, a polícia perseguindo os militantes pela avenida, como se fossem criminosos foragidos. Os trabalhadores sofrem o espancamento, levam porrada por defender a soberania nacional e do outro lado da cidade meia dúzia de empresários partilham a riqueza do povo, contam seus dólares e coordenam a repressão.

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