sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O nicho, o homem, o lixo, o bicho


A gente não pode acreditar que o mundo não possa mudar. Pelo contrário, a mudança é urgente e necessária. O mundo é um conflito intenso, de interesses, de classes, entre opressores e oprimidos. Nesse mundo, nessa sociedade, a gente tem que se posicionar. Ou de um lado ou de outro. A gente tem que se posicionar. E não se posicionando, também estamos nos posicionando: é a posição de não nos posicionarmos, de achar que não devemos nos posicionar. Nessa hora, estaremos nos posicionando pelo status quo, pela continuidade, pela mesmice, pelo tanto faz, pelo não me importa, pela opressão que é a realidade, tão cruel e desumana para muitas pessoas. Não se posicionar no mundo, já dizia Florestan Fernandes, "é estar ao lado daqueles que exploram o povo".
Essas fotografias, espontâneas, nos choca, nos toca, nos faz sofrer de impotência. Mas esse sofrimento nunca será maior do que das pessoas por qual nós sofremos, das pessoas por que sofremos. Das pessoas por quem lutamos. Sofrer pode ser bom, pode ser motivo para viver.
Precisamos mudar. Precisamos mudar tudo, precisamos mudar o mundo. Precisamos mudar.
PS.: Essas Crianças sobrevivem em Planaltina (Brasília) bem perto do Governo Lula, dos Ministros de Estado, dos Ministros do STF, dos Deputados, dos Senadores, de muita gente omissa. Crianças negras, pobres, mães e avós, famílias inteiras sobrevivendo da maneira a que nunhum ser humano pode ser submetido.

Nenhum comentário: